A introdução da soja ocorreu bem lentamente, começamos com com o leite de soja mesmo, que João não gostou e se recusa a tomar. No início não tivemos nenhuma reação, logo depois apareceram umas bolinhas vermelhas nas pernas. Tomou antialérgico e ficou em dieta novamente. Fizemos novo teste e aparentemente tivemos a mesma reação. Mais um tempinho sem, voltando agora com os traços; como reagiu bem, demos novamente produtos com soja, como o iogurte, pão de queijo(que ele não gostou) e bolos. Sem nenhuma reação. O médico acredita que tenha sido somente uma adaptação temporária do corpo, que não via a soja há muito tempo. Agora está bem e consumindo um pouquinho de soja esporadicamente. Como não é um alimento essencial, não colocamos na dieta de forma indiscriminada, só está sendo usado para facilitar alguns momentos do dia a dia, como a ingestão de biscoitos que contenham soja. Alguém já teve experiencias com reintrodução de algum alimento? Como foi? Alguma reação temporária? Adoraria trocar histórias...
Com o objetivo de trocar ideias e receitas com quem se interessa e/ou vive alergias alimentares, surge o blog "a cozinha de João". Nosso caso, é alergia a proteína a leite de vaca(todos outros leites, cujas proteínas são similares), proteína da soja e do ovo.Mas todos os tipos de alergias são bem vindas em nossas conversas.Temos receitas de bolos, doces, salgados, todos sem leite, ovos e soja. Nenhuma descrição daqui é médica ou diagnóstica.São só impressões de uma mãe que vive esta realidade.
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terça-feira, 14 de janeiro de 2014
Exames e introdução da soja
Está chegando a hora de fazermos novos exames de sangue no João, testaremos mais uma vez como andam seus IgE's para leite e proteínas específicas, soja, ovo(clara e gema) e camarão ( esse testado pela primeira vez. Vamos ver o que essa nova bateria nos traz....
terça-feira, 8 de outubro de 2013
Questionário - alergia alimentar
Há quase quatro anos, quando João foi diagnosticado com alergia a leite de vaca, fiquei muito surpresa, não conhecia nada sobre isso, e nem lembro, mas acredito que nem tinha ouvido falar disso. Fui muito mal orientada pelo médico e tivemos que aprender bastante lendo, pesquisando, perguntando, mudando de médico, enfim, o começo foi bastante complicado e difícil. Desde então, minha curiosidade sobre o assunto só cresceu e, como João ainda está em sua trajetória com alergia, estou tendo bastante tempo para querer saber mais. Com isso em mente, fiz um pequeno questionário, simples, sobre o assunto, para ser respondido por família de alérgicos. Tenho pensando nessas perguntas há tempos e resolvi colocá-las no papel, ou melhor no computador,rs. O objetivo é só criar uma melhor visão sobre esse assunto, não vou divulgar nomes, aliás, nem pergunto nomes no questionário, só quero mesmo saber mais sobre o tema e, quem sabe, poder dar algumas dicas para futuras mamães, e para quem está chegando nesse mundo. No blog, gostaria de, depois de ter um bom número de respostas, colocar somente dados percentuais e um resumo dos resultados, assim todos poderão divulgar e saber mais sobre o assunto. Quem puder e quiser, envie suas respostas para: lettyalves@gmail.com Obrigada ;)
Aqui vão as perguntas:
1.Quantos filhos com alergia alimentar?
2.Algum filho já ficou bom? Com quantos anos? Alergia deles era/é exatamente aos mesmos alimentos?
3.Quantos anos a mãe tinha quando engravidou?
4.Segunda, terceira gravidezes depois de um filho alérgico, fez
dietas durante?
5.Segundo, terceiro... filhos mãe fez dieta no aleitamento
direto ao nascer? Quanto tempo?
6.Outras alergias alimentares na família?
7.Antes do diagnóstico do
filho (ou próprio) já tinha algum conhecimento sobre a alergia alimentar?
8.Quanto tempo demorou pra descobrir alergia?
9.Por quantos médicos passou até descobrir?Esclareceram bem as
dúvidas ou aprendeu muito depois?
10.Quais sintomas?
11.Sintomas mudaram ao longo de tratamento?
12.Outras alergias alimentares
além do aplv? Quais?
13.Alguma alergia alimentar ficou boa antes das outras?
14.Alguma outra alergia, não
alimentar, na criança?
15.Sintomas são/eram diferentes da alergia
de um alimento para alergia a outro?
16.Reage a traços tanto da proteína do leite de vaca, como de outras alergias alimentares?
17.Reage a contato tópico?
18.Crescimento da criança era normal antes do diagnóstico? E depois
da dieta, mudou algo?
19.Fez/faz algum tratamento paralelo (
homeopatia, vacinas ou outro )?
20.Criança entrou para escola durante o tratamento? Houve algum
problema em relação ao entendimento da escola sobre a alergia? Houve escapes?
21.Criança é/era liberada para
carne de vaca?
22.Separa utensílios de cozinha (panelas, esponjas, liquidificadores..)?
23.Família faz a dieta também?
24.Fez exames de sangue ou pele para o diagnóstico, ou só observando sintomas?
25.Para a reintrodução de um alimento, foi um alimento por vez? O médico esperou os exames de sangue ou pele zerarem para tentar?
24.Fez exames de sangue ou pele para o diagnóstico, ou só observando sintomas?
25.Para a reintrodução de um alimento, foi um alimento por vez? O médico esperou os exames de sangue ou pele zerarem para tentar?
Editando para acrescentar uma pergunta importante:
26. Idade atual da criança?
26. Idade atual da criança?
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Aprendizado, dietas, médicos...vamos conversar e desabafar...
É impressionante o quanto aprendemos convivendo com essa alergia. Cada dia, cada semana, mês e ano que passo nessa trajetória traz mais informações, mais dúvidas, mais superação. O bom é poder compartilhar isso tudo com pessoas que realmente entendem e que também convivem direta ou indiretamente com ela.
Acho que nosso primeiro problema é encontrar um bom médico que seja realmente entendido no assunto. Mas, mesmo quando esses são encontrados é tão difícil confiar e seguir tudo. É claro que eles estudam e se preparam, que trabalham com isso há tempos, porém, desses também já ouvi cada barbaridade que me dá até medo...não sei mais do que eles, não quero ser pretensiosa a esse respeito, entretanto sou um ser pensante, que estuda muitooooo e está sempre disposto a aprender mais. Então, quando ouço, direta ou indiretamente( através de companheiros de luta contra a alergia), uma coisa meio "louca", fico arrepiada. E já reparei também que , sim, há meios de cura que são indiscutíveis, mas que exitem detalhes que ainda não são consenso, que há detalhes na dieta e na forma de lidar com a alergia que podem variar, e que mesmo assim a criança pode ficar curada. O que um médico considera alergia grave, outro pode achar que seja moderada. Enfim, temos que ouvir, perguntar, não ter medo de querer saber mais e nem de desconfiar do que nos é dito.
Falei disso porque já fui com João a vários médicos, uns considerados os melhores no assunto, uns especialistas e uns pediatras "comuns" ,e já ouvi coisas sensatas de quem menos se esperava e coisas loucas de quem se chama de super entendido. Enfim, não quero julgá-los, pode ser que a maneira deles de agir tenha dado certo para outros pacientes(já fiquei sabendo de casos que sim). Mas com João não deu. E sabem o que mais me irrita?!? São pessoas achando que elas cuidaram do caso de alergia melhor que nós! Meu filho não ficou bom até agora, não foi por falta de cuidado, não foi por que deixamos passar algo, não foi por dieta errada, ele não ficou bom e pronto! E continuamos na luta. Sim, nossa dieta é a que acreditamos, é a que váriossss médicos nos disseram que é mais plausível, é uma dieta que várias crianças fizeram e ficaram boas. Mas deixa isso pra lá...não é por isso que estou aqui....
No último mês fomos a dois novos médicos e ouvimos coisas que já sabíamos e coisas novas. Uma das coisas que já sabíamos era que a dieta que seguimos está super adequada e que não, pelo menos por enquanto, não precisamos tirar mais nada da dieta. João cresce bem e tem ótimo peso (problema bastante comum entre crianças com alergia é a falta de ganho de peso e altura). Outra coisa que já tinha sido informada por uma pediatra, que entretanto não tinha tanta certeza sobre o assunto, era que o Aptamil pept seria um leite menos indicado para crianças com reações intestinais à proteína( que é o caso do João, entre tantos outros sintomas), que ele seria bem tolerado por crianças com respostas de pele, mas não intestinais. Assim, com a confirmação dessa informação passaremos para o leite de aveia, que foi liberado pelos dois médicos.
Novas informações vieram nas solicitações de exames. Sempre que fizemos exames de sangue no João, fizemos IgE total para leite e ovos, isso porque nosso médico anterior (opinião compartilhada por 1 dos novos médicos que fomos), sempre dizia que não adianta fazer partilhado por proteína, já que na hora de oferecer o produto à criança a probabilidade de ingestão de uma proteína separada é mínima e que nem valeria a pena arriscar, devido a muito provável contaminação. Porém, um dos médicos que fomos nos explicou que dependendo da proteína o prognóstico muda. Há proteínas que indicam(apesar de não dar certeza), que a alergia é muito grave e outras que indicam que ela é duradoura. Como João, graças a Deus, nunca teve choque, acredita-se que sua alergia não seja tão grave( opinião sobre gravidade varia muito, como João tem respostas em várias frentes - pele, intestino, parte respiratória e incha em suas extremidade, muitos médicos consideram sua alergia grave), mas é bastante esperado que seja duradoura, pela sua idade. Ainda não fizemos os exames, então aguardaremos resultados. Outro exame novo é o CD4 CD8, que eu nunca tinha ouvido falar que era associado a alergia alimentar, e ainda não consegui entender melhor. E adoraria ouvir relatos a respeito. E dependendo desses resultados, aí sim, teremos que mudar drasticamente a dieta dele...vamos ver...
Bem, hoje não trouxe uma receita, somente vim partilhar informações e desabafar. Deixo o espaço aberto para fazerem o mesmo.
Ih, acabei falando demais :)
terça-feira, 10 de julho de 2012
Alergia alimentar a corantes
Estamos com mais uma restrição alimentar, que ainda será confirmada por exames, mas já cortamos da dieta e estamos observando bem de perto. Desta vez o "vilão" é o corante vermelho. No caso específico o vermelho 33. Mas, a princípio, tiramos todos os vermelhos. Como saber a qual específicamente uma pessoa é alérgica? Será que os outros também darão problemas? Será que alguma outra substância foi o causador ou é o corante mesmo(apesar de não encontrar nada no que foi consumido que possa ter causado alergia- fizemos uma qualificação grande do que foi ingerido)? Esta última pergunta vem muito pelo fato de toda vez que procuramos informações sobre alergias a corantes, lemos que são raras e incomuns.E muitos acreditam que essas alergias são "colocadas na conta" dos corantes ou outros aditivos alimentares, sem serem eles os verdadeiros problemas. Já vi também que há várias classes químicas diferentes de corantes, e temos que aprofundar nosso conhecimento para saber quais outros podem ou não causar os mesmos problemas.
Já com alergista marcada e crise controlada fui procurar mais informações, claro, não dá para esperar as respostas, nós, mães e família de alérgicos, sempre queremos saber mais e como e onde...Mas é muito difícil de encontrar informações relacionadas a alergia a corantes específicamente. Se fala muito de alergia alimentar em geral, de alergia a leite de vaca(essa já conheço,rs), a alguns grãos...entretanto, alergia a corantes, por ser incomum, é meio ignorada. Algo que já sabemos, até por informações que temos de alergias anteriores, é que exames de sangue não são 100% precisos e eficientes. Mas fora isso, nenhuma informação. Os sintomas são muito semelhantes a outros casos de alergia alimentar: o inchaço no rosto, placas avermelhadas pelo corpo, acompanhadas de muita coceira (urticária) e até reações mais extremas como falta de ar devido a comprometimento das vias respiratórias: inchaço na glote (que fica na entrada dos pulmões) ou nas próprias paredes dos brônquios, a “bronquite” (ou asma). Poderá acontecer ainda, mais raramente, queda de pressão e até desfalecimento (anafilaxia grave). Meu filho teve reações já vistas nele anteriormente em outras crises: placas vermelhas por todo corpo, principalmente em baixo dos braços e pernas, muita coceira e secreção nasal. Os sintomas regrediram com 5 dias de antihistamínico.
Vamos observar, visitar o médico e aprofundar nossos conhecimentos.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Alergia alimentar
Nos casos de alergia alimentares, temos entre outras a alergia a leite de vaca, uma das mais comuns, porém, não é a única. Aqui vão algumas dicas e informações importantes.
O que é?
A alergia alimentar é uma reação indesejável que ocorre após a ingestão de determinados alimentos ou aditivos alimentares.
O termo hipersensibilidade alimentar (geralmente usado como sinônimo de alergia alimentar) pode ser definido como uma reação clínica adversa, reproduzível após a ingestão de alergenos (substâncias que desencadeiam a alergia) presentes nos alimentos, causados pela exposição a um estímulo em uma dose tolerada por pessoas normais.
A alergia alimentar sempre envolve um mecanismo imunológico, expressando-se através de sintomas muito diversos. A alergia alimentar é, simplificando ao máximo, uma resposta exagerada do organismo à determinada substância presente nos alimentos.
Como podem ser as reações alimentares indesejáveis?
Reações tóxicas
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causadas por ação de toxinas ou por agentes infectantes. Secundárias à ingestão de alimentos contaminados, costumam se apresentar agudamente com febre, vômitos e diarréia.
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Não tóxicas por
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Intolerância alimentar (exemplo: intolerância à lactose (falta da enzima lactase que desdobra o açúcar lactose). Ela não é imunomediada).
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Hipersensibilidade (alergia) é uma reação desencadeada por mecanismos imunológicos específicos, com resposta anormal ou exagerada a determinadas proteínas alimentares que podem ser mediadas por IgE (imunoglobulina E, proteína ligada a fatores de defesa) ou não.
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Qual a freqüência da alergia alimentar? |
As reações alimentares de causas alérgicas verdadeiras acometem 6-8% das crianças com menos de três anos de idade e 2-3% dos adultos. No entanto os pais acreditam que a incidência de alergia alimentar em seus filhos alcance 28 %.
Os indivíduos com outras doenças alérgicas apresentam maior incidência de alergia alimentar?
Sim. Pacientes com outras doenças alérgicas apresentam uma maior incidência de alergia alimentar, por exemplo, 38 % das crianças com Dermatite Atópica têm de alergia alimentar e 5% das com asma.
Quais são os fatores mais envolvidos na alergia alimentar?
Predisposição genética, (50 % dos pacientes com alergia alimentar possuem história familiar de alergia). | |
A capacidade de certos alimentos de produzir alergia. | |
permeabilidade do sistema digestivo. | |
falha dos mecanismos de defesa, ao nível do trato gastrintestinalQue alimentos são mais envolvidos nos casos de alergia alimentar? |
Entre os alimentos mais envolvidos encontramos: ovo, peixe, farinha de trigo, leite de vaca, soja e crustáceos. As reações graves (anafiláticas) estão, na maior parte das vezes, relacionadas à ingestão de crustáceos, leite de vaca, amendoim, e nozes.
Os corantes, conservantes e aditivos alimentares?
As reações adversas aos conservantes, corantes e aditivos alimentares são raras, mas não devem ser menosprezadas.
Como se manifestam as alergias alimentares?
A maior parte dos sintomas surge minutos a duas horas após a ingestão. Tanto a natureza da reação como seu tempo de início e duração são importantes para estabelecer o diagnóstico de alergia alimentar. As reações cutâneas (que envolvem a pele) mais comuns são: urticária, inchaço, coceira e eczema; do sistema digestivo: diarréia, dor abdominal, vômitos, do aparelho respiratório: tosse, rouquidão e chiado no peito. Em crianças pequenas, a perda de sangue nas fezes, pode ocasionar anemia e retardo do crescimento.
Reação anafilática o que é?
É uma reação grave, potencialmente fatal, de início súbito, que demanda socorro imediato. A anafilaxia (reação anafilática) é desencadeada pela liberação maciça de substâncias químicas que despertam um quadro grave de resposta generalizada. Remédios, picadas de insetos, alimentos, etc., podem ser os desencadeantes. Em situações excepcionais o alimento induz o aparecimento, de coceira generalizada, edema (inchaços), tosse, edema de glote, rouquidão, diarréia, dor na barriga, vômitos, aperto no peito com queda da pressão arterial, arritmias cardíacas e colapso vascular (“choque anafilático”).
O que é síndrome de alergia oral?
É uma manifestação de alergia alimentar que ocorre após o contato da mucosa oral com determinados alimentos. As manifestações são instantâneas: coceira e inchaço nos lábios, palato e faringe.. Os alimentos freqüentemente envolvidos são: frutas como:melão, melancia, banana, pêssego, ameixa, e aipo.
Como o médico pode fazer o diagnóstico de alergia alimentar?
O diagnóstico depende da interpretação conjunta da história clínica minuciosa, dos dados do exame físico acompanhados dos exames laboratoriais.
Na história clínica, são importantes as informações sobre os alimentos ingeridos. Em algumas situações é possível correlacionar o surgimento dos sintomas com a ingestão de determinado alimento, em outras o quadro não é tão evidente. O chocolate raramente causa alergia,quando isto acontece, torna-se necessário pesquisar alergia ao leite de vaca ou à soja, usados em sua fabricação.
Uma história precisa é importante para determinar o “timing” da ingestão e o aparecimento dos sintomas, o tipo de sintomas, os alergenos alimentares que possam estar causando o problema, e o risco de atopia (ter vários tipos de alergia). A eliminação de um antígeno fortemente suspeito durante algumas semanas é geralmente usada na prática clínica para auxiliar no diagnóstico de alergia alimentar. Há a necessidade de testes diagnósticos confiáveis para a alergia alimentar.
Os testes alérgicos?
O (skin prick test) teste cutâneo, e a detecção de anticorpos IgE específicos na corrente sanguínea são mais valiosos quando negativos, já que sua alta sensibilidade os torna aproximadamente 95% precisos para excluir reações mediadas por IgE. | |
O RAST (radioallergosorbent test) e outros semiquantitativos semelhantes, estão sendo substituídos por métodos mais quantitativos de mensuração de anticorpos IgE específicos. | |
O “Imunoenzimático Fluorescente (CAP-system)” foi mais indicativo de alergia alimentar. O uso destes quantitativos de anticorpos IgE específicos para alimentos elimina a necessidade de se fazer testes de provocação alimentar em aproximadamente 50% dos casos. | |
O teste de contato (patch test) não é atualmente indicado para uso rotineiro. |
Quando a história e os testes laboratoriais indicam uma resposta imunológica não mediada por IgE (mediada por células), podem ser necessários testes complementares para confirmar o diagnóstico de intolerância alimentar.
Embora os testes duplo-cegos controlados por placebo ainda constituam o “padrão-ouro” para o diagnóstico definitivo de alergia alimentar, os avanços tecnológicos aumentam o valor dos testes laboratoriais.
A determinação de marcadores inflamatórios no sangue e nas fezes ou de reações imunológicas aos alimentos como teste de hidrogênio expirado para intolerância à lactose ou biópsia gastrintestinal para determinar infiltração eosinofílica ou atrofia de vilosidades têm mostrado resultados duvidosos.
Nas alergias alimentares IgE-negativas, testes de provocação duplo-cegos e controlados por placebo continuam sendo o padrão-ouro para o diagnóstico
A relação entre dermatite atópica e alergia alimentar merece especial atenção. Mais ou menos 1/3 dos casos de dermatite atópica apresenta alergia ao leite de vaca e quase 1/2 dos lactentes alérgicos ao leite têm dermatite atópica. A implicação é de que os testes cutâneos são menos confiáveis em pacientes com dermatite atópica, com até 24% de falsos positivos.. O uso de provas para determinação de IgE sérica alergeno-específica é útil em tais circunstâncias.
Tratamento da alergia alimentar?
Não existe, ainda um remédio para tratar especificamente a alergia alimentar. Os medicamentos são utilizados para o tratamento dos sintomas (crise).
Três modalidades são geralmente empregadas no manejo de alergias alimentares:
1 - Eliminar e evitar alergenos específicos. A exclusão completa do alimento causador da reação é a única forma comprovada de manejo atualmente disponível.
É de extrema importância fornecer ao paciente e seus familiares orientações para evitar novos contatos com o alimento desencadeante. O paciente deve estar sempre atento verificando o rótulo dos alimentos industrializados buscando identificar nomes relacionados ao alimento que lhe desencadeia a alergia. Por exemplo, a presença de manteiga, soro, lactoalbumina ou caseinato aponta para a presença de leite de vaca.
2 - Tratamento medicamentoso.Os estabilizadores dos mastócitos e os anti-histamínicos não têm papel de destaque no armamentário contra as manifestações digestivas da alergia alimentar. Em casos excepcionais, o uso de corticosteróides pode se fazer necessário. Recentemente medicamentos tópicos (fluticasona e montelukast) têm sido empregados. Para pacientes com anafilaxia, ou com sintomas respiratórios ou cardiovasculares, a adrenalina é a substância de escolha para o manejo das reações graves causadas por alergias alimentares do tipo imediato e da anafilaxia.
3 - medidas preventivas.A crescente incidência de doenças alérgicas em países industrializados tem sido atribuída à falta de exposição a infecções microbianas no período inicial da vida, ou à chamada "hipótese da higiene"
Do mesmo modo que em outras enfermidades, os fatores genéticos e ambientais influenciam a manifestação da alergia alimentar
Influências genéticas
As crianças do sexo masculino parecem apresentar maior risco de doença atópica. O risco de alergia em um irmão de uma pessoa afetada é aproximadamente 10 vezes mais alto que na população geral.
Os lactentes chamados de "livres de risco" (sem histórico familiar) apresentam um risco alérgico residual de 15%.
Os lactentes com "risco intermediário", (com pai/mãe ou irmão atópico), apresentam um risco de desenvolvimento de alergias de 20- 40%
Os lactentes de “alto risco” (com atopia em ambos os pais ou histórico de alergia), apresentam um risco de desenvolvimento de alergias de 50- 80%.
Cálculos baseados nestes dados mostram números absolutos idênticos de lactentes com e sem risco de alergia (11/100) que poderão desenvolver alergias.
Levantando dúvidas: Os programas de prevenção de alergias devem ser direcionados à população de recém-nascidos em geral ou devem ser direcionados somente aos lactentes em risco?
Tratamento sintomático e de substituição.
A substituição de alimentos por seus equivalentes é de fundamental importância mormente nos pacientes em crescimento. O envolvimento multidisciplinar se torna relevante nas situações pediátricas. Aproveitando o tratamento das “crises” de forma a minimizar o sofrimento, abreviar a recuperação e entender melhor as causas do ressurgimento dos sintomas.
O paciente que apresenta reação a determinado alimento poderá um dia voltar a ingeri-lo?
Sim. Aproximadamente 85% das crianças perdem a sensibilidade à maioria dos alimentos (ovos, leite de vaca, trigo e soja) entre os 3-5 anos de idade.
Existe algum meio de prevenir a alergia alimentar?
É providência indispensável na criança de risco: estímulo ao aleitamento materno no primeiro ano de vida, introdução tardia dos alimentos sólidos potencialmente provocadores de alergia, após o 6º mês, o leite de vaca após 1 ano de idade, ovos aos 2 anos e amendoim, nozes e peixe somente após o 3º ano de vida.
Fonte:
Título: O QUE DEVEMOS SABER SOBRE ALERGIA ALIMENTAR
Link : http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?679
Data de Publicação :28/02/2008 - Revisão : 05/01/2010
Palavras-Chave : O QUE DEVEMOS SABER SOBRE ALERGIA ALIMENTAR - Pediatria -
Data de Publicação :28/02/2008 - Revisão : 05/01/2010
Palavras-Chave : O QUE DEVEMOS SABER SOBRE ALERGIA ALIMENTAR - Pediatria -
Intolerância a lactose
É mais que comum para quem está chegando neste "mundo sem leite" ter dúvidas e não saber a diferença entre alergia a proteína do leite de vaca e intolerância à lactose. Nós que já vivemos essa realidade, quando comentamos que nosso filho é alérgico com qualquer pessoa, esta logo fala: Ah, também conheço alguém que tem intolerância à lactose. Mas são casos diferentes, e os produtos que podem ser consumido pelos intolerantes, nem sempre podem ser consumidos pelos alérgicos. Então, aqui vão algumas informações sobre esse quadros. Primeiro vamos ver a intolerância e volto logo depois com a alergia.
O que é intolerância à lactose
Pessoas que têm intolerância à lactose não produzem a enzima lactase em quantidade suficiente. A lactase é a enzima responsável pela digestão do principal açúcar do leite, a lactose.
É até comum a ocorrência de uma intolerância transitória à lactose após diarreias infecciosas mais intensas, pois parte da capacidade de produção da enzima fica perdida pela mucosa que foi agredida por um agente infeccioso, viral ou bacteriano.
Quando a lactose não é absorvida direito, uma série de reações acaba distendendo os intestinos e causando desconforto, gases, diarreia e às vezes vômito. São problemas chatos e difíceis de conviver, mas não há muito risco para a saúde.
Trata-se de um fenômeno bem diferente da alergia ao leite. Os sintomas da intolerância são só digestivos, enquanto os da alergia podem afetar o sistema respiratório e a pele, por exemplo.
Bebês que nasceram prematuros às vezes demoram para produzir a quantidade adequada de lactase. O nível de produção da enzima pelos bebês normalmente aumenta durante o último trimestre da gravidez.
É até possível os sintomas da intolerância à lactose aparecerem em crianças pequenas, mas o mais normal é eles surgirem em crianças maiores, adolescentes e, principalmente, adultos. É raro bebês terem intolerância, sendo mais comum apresentarem alergia à proteína do leite.
Por que algumas pessoas têm intolerância à lactose?
Não se sabe exatamente por que algumas pessoas têm intolerância à lactose. O que se sabe é que não é um fenômeno raro: estima-se que ele afete milhões de adultos só no Brasil, embora não haja números precisos. Pessoas de ascendência oriental parecem também ser mais propensas à intolerância, principalmente na idade adulta ou adolescência.
A intolerância à lactose não chega a ser considerada uma doença. Mas é difícil que um bebê nasça já intolerante à lactose. Caso isso aconteça, o bebê tem diarreia constante desde que nasce, e não consegue digerir nem o leite materno nem fórmulas artificiais à base de leite de vaca.
Mais frequente é o bebê, depois de uma gastroenterite -- por exemplo uma daquelas viroses que dão bastante diarreia -- apresentar sintomas de intolerância à lactose, mas que só duram uma ou duas semanas.
Alguns medicamentos podem afetar a produção de lactase, causando sintomas de intolerância.
Quais são os sintomas da intolerância à lactose?
Uma pessoa com intolerância à lactose pode sofrer de diarreia, dores de barriga, inchaço ou gases de meia hora a duas horas depois de tomar leite (qualquer tipo, até o materno) ou de consumir algum tipo de derivado de leite.
Há pessoas intolerantes à lactose que só passam mal quando tomam leite, mas que suportam bem os outros derivados, como queijo e iogurte. Sorvete à base de leite costuma provocar sintomas mais fortes.
E há pessoas mais sensíveis, que já se sentem mal só com um pouquinho de leite ou derivados. Se seu filho mostra sinais de desconforto sempre depois de mamar, converse com o pediatra e levante a hipótese da intolerância.
Há um jeito de diagnosticar com certeza a intolerância à lactose?
O diagnóstico muitas vezes é feito só de forma clínica, ou seja, observando os sintomas. Se o médico sugerir eliminar por alguns dias a lactose da alimentação da criança e os sintomas desaparecerem, provavelmente estará estabelecido que se trata de intolerância (ou alergia, que pode ter sintomas parecidos).
Existem exames para medir a absorção de lactose, mas eles são desagradáveis e trabalhosos (incluem várias retiradas de sangue no mesmo dia, por exemplo), por isso muitos médicos acham desnecessário realizá-los.
Existe tratamento para a intolerância à lactose?
Para bebês, o único tratamento é evitar os derivados de leite. Se você amamenta, terá de evitar também esses produtos. Fique de olho porque às vezes há leite em produtos que você não imagina. Leia as embalagens.
Mas lembre-se de que é bastante improvável que um bebê tenha intolerância à lactose. Sempre converse com o médico antes de mudar a alimentação da criança.
E tenha em mente que a intolerância à lactose é diferente da alergia. Na alergia, a reação acontece a qualquer contato com a substância. Na intolerância, a quantidade conta. Por isso, há crianças que podem tomar um copo ou mamadeira de leite sem passar mal, desde que não abusem, e outras que já sentem dor de barriga só de provar um brigadeiro.
Se seu filho tem intolerância, você pode ir experimentando para ver que tipos de alimento ele consegue comer sem ser incomodado pelos gases e pela diarreia.
Caso seu médico decida eliminar os derivados de leite da alimentação da criança, é preciso ficar de olho para ver se ela está recebendo todos os nutrientes de que precisa. O cálcio, por exemplo, pode ser obtido em verduras e em produtos industrializados enriquecidos com a substância, como cereais.
Outros nutrientes normalmente fornecidos pelo leite são as vitaminas A e D, a riboflavina e o fósforo. Pode ser necessário consultar um nutricionista para ajustar a alimentação.
Você também pode procurar produtos com lactose reduzida, cada vez mais disponíveis nas prateleiras dos supermercados nas grandes cidades. Mas só troque o leite da criança depois de conversar com o pediatra, porque na maioria das vezes o leite com lactose reduzida não é integral, a versão recomendada para crianças pequenas.
Fonte:Escrito para o BabyCenter Brasil
Aprovado pelo Conselho Médico do BabyCenter Brasil
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Pequenos problemas
Ontem, depois de comer o pão de queijo e a pizza feitos na segunda feira, João teve problemas intestinais. Pode ter sido algum problema devido a ingestão do novo produto. Mas, como foi a segunda vez em 10 dias, e há um tempo reclama de dores abdominais, vamos fazer pesquisas mais aprofundadas e testes. Assim, vou deixar de usar por uns dias o queijo vegetal e voltarei a testar semana que vem.
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Introdução de novos alimentos
Aproveitando o gancho de duas conversas com pessoas diferentes, sobre um mesmo assunto, vou comentá-lo aqui.
Introduzir novos alimentos em crianças com alergia alimentar é uma coisa que deve ser feita com muito cuidado e critério. O melhor mesmo é fazer com ordem e acompanhamento médico(mas confesso que já fiz por minha conta também). Muitas vezes as restrições são tantas que ficamos ansiosas para aumentar nossas opções de alimentos, entendo bem. Porém, algumas crianças têm alergias a mais de um alimento. Por exemplo, crianças com alergia a soja podem ter a feijões e outros grãos também. Assim, como na maioria das vezes, nós mães, não sabemos qual alimento é relacionado com qual, devemos sempre contar com auxilio de profissional capacitado. Conste que nem sempre é só o pediatra. Acredito que nutricionistas, gastros e alergistas são de grande ajuda.
Pergunte sempre ao médico o que e quando introduzir. Depois da ingestão há um tempo para a observação, para ver se este ou aquele alimento provocou reação. Então, questione sempre! E observe, ninguém conhece melhor as reações do seu filho que você mesma. Qualquer manifestação, por menor que seja pode ser importante.
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Nossa história continuação
Continuando nossa história:
Com o diagnóstico comecei a realizar muitas pesquisas. Aprendi bastante e criei mais dúvidas, já que li que muitas crianças com aplv também têm alergia a soja e nosso pediatra continuava insistindo que não. Aprendi também que a soja pode alterar a carga hormonal de crianças(quanto a isso falo mais tarde). Dar ou não carne de vaca? Mas aprendi também, que a vida sem o leite era bem possível e tranquila. E meu filho continuava crescendo e se desenvolvendo normalmente. Então, foi uma adaptação rápida e tranquila. Inclusive fizemos uma viagem com João neste período, e ele se alimentou normalmente; levamos sua fórmula de soja(com receita médica, para caso de termos problemas) e de resto comeu a mesma comida que nós. Nos restaurantes sempre perguntávamos os componentes e não tivemos problemas. Neste passeio teve 2 dias de grandes diarreias, mas nada que o abatesse.
Porém, João, nunca ficou totalmente sem sintomas. Ficamos um ano com a soja e neste tempo volta e meia tinha diarreias e as fezes nunca foram normais, sempre mais pastosas. A pele ficou bem melhor, as lesões sumiram, mas ainda apareciam as vezes. Insisti mais algumas vezes com o médico dele sobre os sintomas, mas nada ocorreu. Então, mais uma vez trocamos de médico. Encontramos uma alergista e homeopata que logo diagnosticou a alergia a proteína do ovo e da soja. E nos ensinou que quem tem aplv também não pode ingerir leites de outras origens, como cabra, já que as proteínas são muito similares e também podem dar sintomas.
Aí, as coisas foram um pouco mais difíceis. Tivemos a introdução de uma nova fórmula, que meu filho nunca gostou e todos os dias temos uma luta tentando fazê-lo tomar. E todos os biscoitos,bolos, pães, iogurtes que ele tomava tiveram que ser modificados. A carne de vaca não foi retirada, já que a alergista nos garante que a incidência de alergia a ela é ínfima. Fizemos observações com alguns alimentos, como feijões. E o milho, que graças a Deus deu negativo.
Mesmo assim, algumas informações não nos foram passadas. E olhando agora, me sinto culpada de não ter feito tudo que deveria. Como por exemplo a troca de utensílios. Essas foram informações que fui aprendendo conversando e lendo sobre o assunto. Outra coisa, é a alergia a corante: perguntei a respeito, mas pelos sintomas e exames, aparentemente, ele não teria. Só para evitar não damos corantes amarelos. Entretanto agora, estamos começando a desconfiar que possa ter a corantes vermelhos. Ainda em investigação.
Hoje, ele está super bem, crescimento normal, ativo e alegre. Mas ainda muito reativo ao leite. Fizemos um teste há menos de um mês e foi bem ruim. Deve começar a tomar complemento de cálcio, já que não toma quase o leite dele. E além da alergista, encontramos, finalmente, uma boa pediatra.
Mesmo assim, algumas informações não nos foram passadas. E olhando agora, me sinto culpada de não ter feito tudo que deveria. Como por exemplo a troca de utensílios. Essas foram informações que fui aprendendo conversando e lendo sobre o assunto. Outra coisa, é a alergia a corante: perguntei a respeito, mas pelos sintomas e exames, aparentemente, ele não teria. Só para evitar não damos corantes amarelos. Entretanto agora, estamos começando a desconfiar que possa ter a corantes vermelhos. Ainda em investigação.
Hoje, ele está super bem, crescimento normal, ativo e alegre. Mas ainda muito reativo ao leite. Fizemos um teste há menos de um mês e foi bem ruim. Deve começar a tomar complemento de cálcio, já que não toma quase o leite dele. E além da alergista, encontramos, finalmente, uma boa pediatra.
Alerta: quando receber o diagnóstico de alergia a leite de vaca, tenha uma longa conversa com seu médico. Pergunte como é feito o diagnóstico, o porquê de fazer ou não outros testes auxiliares, se há algum outro alimento que possa dar alergia também, o que procurar nos rótulos, se é ou não necessário complementar a alimentação com vitaminas, caso o médico recomende tirar algum outro alimento diferente, pergunte por que. Se os sintomas estiverem demorando a sumir, converse novamente, não tenha medo de questionar e insistir. Os médicos são fundamentais em nosso dia a dia de alergia a leite, mas não são senhores de todos os saberes e podem sim estar enganados. Muitos ainda não têm todo conhecimento necessário para lidar com nossos pequenos.
terça-feira, 17 de abril de 2012
http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/899.pdf
Vou colocar alguns links interessantes que tenho encontrado nas minhas constantes buscas na net.
Aprendi muito em minhas buscas, tive respostas que alguns médicos não me deram. Mas também passei a ter mais questionamentos.
Internet é perigosa, temos que filtrar o que lemos. Mas também pode ser de grande ajuda, quando usada com moderação.
Vou colocar alguns links interessantes que tenho encontrado nas minhas constantes buscas na net.
Aprendi muito em minhas buscas, tive respostas que alguns médicos não me deram. Mas também passei a ter mais questionamentos.
Internet é perigosa, temos que filtrar o que lemos. Mas também pode ser de grande ajuda, quando usada com moderação.
Nossa história
Como tudo começou...
João, por volta dos 5 meses de idade, quando meu leite materno secou, passou tomar fórmula infantil e comer frutas. Neste mesmo momento começou apresentar roncos no peito, parecendo(em um linguagem bastante leiga) com secreção presa. Na época, sua pediatra achou que seria um primeiro resfriado e medicou-o como tal. Também observamos uma prisão de ventre, e para melhorar tal quadro mudamos a fórmula e usamos ameixa. Naquele momento não sabia o porquê, mas ele teve uma grande reação a ameixa seca,muita diarreia, barriga inchada e cólicas Entretanto, os sintomas não sumiram, eles iam e vinham. E apareceram várias marcas vermelhas e secas na pele, principalmente pernas e ao redor da boca. Tratamos as lesões da pele separadamente, com pomadas e cremes. Porém nada mudava.
A medida tomada, foi a mudança de pediatra. Assim, este novo, desconfiou da alergia a leite. Mas não foi totalmente certo, já que os sintomas intestinais haviam sumido. Por esta razão tratou com anti-alérgico tópico as lesões e com nebulizações os sintomas respiratórios.
Neste momento observamos alguma melhora, mas ainda vivenciávamos diariamente os sintomas. Um mês mais tarde, foi quando o pequeno João passou a apresentar grandes e intensas diarreias. Assim, o pediatra foi categórico, era alergia a leite.
Nos passou um antialérgico corticóide, uma dieta sem nada de leite e derivados e prescreveu leite de soja e liberou todos os produtos que continham soja, como sucos. E inserimos alimentos salgados. Não tivemos maiores explicações sobre a alergia a leite e nem que existe a possibilidade de quem tem esta restrição ter outras também.
João ficou bem melhor, vários sintomas regrediram. Porém nunca ficou 100% normal.
Foi a partir daí que conheci o "mundo da soja": Leites de soja em pó, com vários sabores, pão de queijo de soja, iogurte de soja, pães de forma sem leite e com soja, biscoitos sem leite, mas com soja. Foi também a partir daí que me introduzi na profunda leitura de rótulos.
Comecei a pesquisar bastante e aprender muito. Mas ainda estava muito leia e iniciante no assunto.
Comecei a pesquisar bastante e aprender muito. Mas ainda estava muito leia e iniciante no assunto.
Neste momento começa a cozinha de João. Quando passamos a preparar pratos com o objetivo de controlar a alergia e, com a esperança de vê-lo bom um dia.
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